Mostra
do Encaixe de Camariñas
Um evento cheio de história
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do Encaixe de Camariñas
A primeira edição da Exposição de Rendas de Camarinhas foi celebrada na Semana Santa do ano de 1991 e inaugurada pelo Conselheiro da Indústria Juan Fernandéz, pelo Presidente da Delegação da Corunha Salvador Fernandéz Moreda e por Fernando Gonzaléz Laxe, ex- Presidente da Junta da Galiza que acompanhava Bautista Santos, Alcaide de Camarinhas.
Dizem alguns historiadores que provavelmente as Rendas de Camarinhas tenham a sua origem nas relações comerciais entre os Portos Galegos e os Países Baixos nos séculos XVI e XVII. Outros peritos da história das Comarcas optam pela teoria de que as Rendas chegaram a Camarinhas por uma moça Italiana que foi resgatada pelos habitantes da vila depois de um terrível naufrágio na Costa de Camarinhas. Esta moça ensinaria depois a arte de Bilros Italiana a todas as mulheres da vila espalhando-se assim esta arte por toda a Costa da Morte.
Recentemente circula outra poética teoria que pode-se resumir na ideia de que seriam as laboriosas mulheres que viviam no território que abrange atualmente Camarinhas que desenvolveram esta arte exportando-a depois para outros territórios. É sabido por todo o mundo a alma viageira e empreendedora em busca de um futuro melhor que todo o Galego tem desde tempos imemoráveis.
Seja como for algumas destas teorias têm mais base cientifica do que outras, assim deixamos que cada leitor as interprete à sua maneira. Depois deste pequeno esclarecimento sobre a origem das Rendas de Camarinhas vamos dar algumas das chaves sobre a Exposição.
Decorria o ano de 1991 e Camarinhas inaugurava a 1o Exposição de Rendas que transformaria para sempre a forma de trabalhar para milhares de rendilheiras, não só do Concelho de Camarinhas como também do resto da Costa da Morte.
Desde as primeiras edições da Exposição os encontros das rendilheiras locais com as do resto de Espanha e Europa forma constantes levando estes eventos a um conhecimento muito maior desta arte de camarinhas.
Uma das chaves de sobrevivência e revalorização das Rendas de Camarinhas foi a criação das Escolas de Palillos em todas as paróquias do concelho. Nos dias de hoje dezenas de meninos e meninas participam nesta atividade extraescolar em Camarinhas.
Se as Rendas são algo especifico dentro da identidade própria de Camarinhas, a vila das rendilheiras não seria hoje em dia reconhecida como tal sem a Exposição de Rendas na Semana Santa. Recuando cerca de 60 anos podemos comprovar a mudança drástica que se deu na milenária arte das Rendas de Camarinhas. Quando as mulheres daquela época eram questionadas pelos jornalistas sobre o futuro das rendas de Bilros as nossas bisavós respondiam sem dúvida alguma: “«Isto das rendas vai desaparecer claro»“.
As nossas mulheres da altura não sabiam o equivocadas que estavam. Depois de várias tentativas para comercializar condignamente esta arte própria, foi o Concelho de Camarinhas
que pôs mãos à obra para organizar a 1aExposição de Rendas, que supôs um antes e um depois na dinamização do imenso trabalho realizado por estas heroínas de então.
A inauguração desta primeira edição esteve apoiada por numerosas autoridades tais como Fernando Gonzaléz Laxe, ex-Presidente da Junta, o Conselheiro da Indústria Juan Fernandéz e Salvador Fernandéz Moreda como Presidente da Delegação da Corunha.
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